30 dias é 1 mês , e esse 1 mês é tempo demais. Demais para quem espera 1 ano, ou talvez uma vida toda. Em 30 dias o cabelo pode ser mudado várias vezes, as unhas serem feitas no mínimo 4 vezes e as pernas raspadas 15 vezes se frio estiver. Em 30 dias uma criança amplia em 30% seu vocabulário na fase da fala, também larga a fralda e começa a indagar sobre seu pai que não existe. Em 30 dias comprei mais de 4 cachos de bananas , 12 peras, 10 maças, 20 batatas, 15 cebolas e 2 kilos de arroz Em 30 dias menstruei uma vez e ovulei duas. Em 30 dias fiz uma cirurgia e tenho marcada mais uma. Em 30 dias tomei decisões importantes sobre o futuro dos meus embriões congelados. Em 30 dias ganhei alguns clientes novos e descartei outros tantos. Em 30 dias li 2 livros e estou lendo o terceiro, fiz 7 sessões de terapia, visitei alguns lugares legais, fiz passeios lindos com minha filha e experimentamos alguns novos sabores. Em 30 dias uma flor nasce , cresce e morre. Em 30 dias promessas se tornam fal
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Vem, Dama, vem que eu desafio a paz;
Até que eu lute, em luta o corpo jaz.
Como o inimigo diante do inimigo,
Canso-me de esperar se nunca brigo.
Solta esse cinto sideral que vela,
Céu cintilante, uma área ainda mais bela.
Desata esse corpete constelado,
Feito para deter o olhar ousado.
Entrega-te ao torpor que se derrama
De ti a mim, dizendo: hora da cama.
Tira o espartilho, quero descoberto
O que ele guarda quieto, tão de perto.
O corpo que de tuas saias sai
É um campo em flor quando a sombra se esvai.
Arranca essa grinalda armada e deixa
Que cresça o diadema da madeixa.
Tira os sapatos e entra sem receio
Nesse templo de amor que é o nosso leito.
Os anjos mostram-se num branco véu
Aos homens. Tu, meu anjo, és como o Céu
De Maomé. E se no branco têm contigo
Semelhança os espíritos, distingo:
O que o meu Anjo branco põe não é
O cabelo mas sim a carne em pé.
Deixa que minha mão errante adentre.
Atrás, na frente, em cima, em baixo, entre.
Minha América! Minha terra a vista,
Reino de paz, se um homem só a conquista,
Minha Mina preciosa, meu império,
Feliz de quem penetre o teu mistério!
Liberto-me ficando teu escravo;
Onde cai minha mão, meu selo gravo.
Nudez total! Todo o prazer provém
De um corpo (como a alma sem corpo) sem
Vestes. As jóias que a mulher ostenta
São como as bolas de ouro de Atalanta:
O olho do tolo que uma gema inflama
Ilude-se com ela e perde a dama.
Como encadernação vistosa, feita
Para iletrados a mulher se enfeita;
Mas ela é um livro místico e somente
A alguns (a que tal graça se consente)
É dado lê-la. Eu sou um que sabe;
Como se diante da parteira, abre-
Te: atira, sim, o linho branco fora,
Nem penitência nem decência agora.
Para ensinar-te eu me desnudo antes
John Donne é um poeta Inglês